segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Quando o cachorro está com febre?

Quando o cão está com febre


O cachorro apresenta febre quando sua temperatura corporal fica acima de 39,3°C. Normalmente ela pode oscilar entre isso e 38°C.

No entanto, muitas pessoas não percebem quando o cachorrinho apresenta os sintomas de febre, ou, ainda, não sabem como agir nesse caso.

Eu   buscou informações e algumas dicas úteis que irão ajudar a descobrir quando o cachorro está com febre.

Como saber se o cão está com febre?

Diferentemente dos humanos, o cachorrinho não explica o que está sentindo. Por não conseguir se expressar verbalmente, ele precisa que o dono saiba o que está ocorrendo através de outros sinais.

Para a pessoa comum é muito difícil medir a temperatura do cachorro apenas tocando-o. Acontece que o animal já tem a temperatura corporal acima da nossa, então torna-se complicado saber se ela está elevada ou está normal. Nossa tendência é achar que esse calor a mais é sempre febre.

Além disso, por ter o corpo totalmente recoberto de pelos, a temperatura do animal fica camuflada, tornando ainda mais difícil saber ao certo.

Alguns veterinários procuram tocar, preliminarmente, em áreas com menos pelos, como na barriga, na virilha ou na orelha, assim como nas gengivas.

Dessa forma conseguem ter uma ideia mínima do que pode estar acontecendo.

Descobrir, apenas através do toque, se um cão está com febre, requer anos de prática no seu ofício. Mas, mesmo nesses casos, os veterinários se utilizam, também, da observação de outros sintomas para chegar a uma conclusão.

Clinicamente, a melhor forma de descobrir a temperatura exata do corpo do animal é utilizando-se de um termômetro.

O instrumento (que pode ser o mesmo utilizado para humanos) é inserido no ânus do cachorro, sendo, depois, esterilizado com álcool.

É aconselhável que o cachorrinho tenha um termômetro apenas para uso dele.

Outro instrumento utilizado funciona em contato com a parte interna da orelha do animal, e também serve para medir a temperatura. No entanto, ainda não há consenso acerca da sua utilização, pois muitos profissionais acreditam que ele não seja tão exato quanto o termômetro comum.

Quais as causas da febre?

A febre é uma resposta do organismo a alguma agressão. Sua causa pode ser qualquer enfermidade que esteja acometendo o animal naquele momento.

Muitas vezes pode ser de origem bacteriana. Pode, também, ser causada por vírus, como no caso da Cinomose e da Parvovirose, que são doenças muito graves ou, ainda, a mais grave de todas, a Raiva Canina.

Além disso, pode ser de origem auto-imune, ou causada por problemas como a ansiedade ou o estresse.

Como se vê, por ser um sintoma que pode indicar uma vasta quantidade de condições, o animal deve ser examinado por um especialista, para que se chegue a um resultado correto.

Sintomas que podem indicar febre

Além da utilização de um termômetro, o dono de um cachorrinho pode identificar a febre através de algumas atitudes do animal, além de alguns sintomas.

1) Normalmente, um cachorro febril não se alimenta, ou o faz de forma parcial.

A perda de apetite em cães sempre indica algum problema de saúde ou comportamental.

Incomodações, estresse, ansiedade ou doenças geralmente atacam seu apetite antes de apresentarem outros sinais.

2) Além da perda de apetite, o cachorro pode deixar de beber água, ou começar a ingerir grandes quantidades do líquido. Tudo em excesso.

3) Febres podem, ainda, ser acompanhadas de diarreia e vômito, dependendo das causas.

4) Outro ponto a se observar é o comportamento geral do cão. Cachorros com febre tendem a ser mais silenciosos e apáticos. Podem dormir o tempo todo, enquanto estiverem nesse estado. Quando despertos, ficam quietos em um canto, aparentando tristeza e falta de ânimo.

5) Como a febre nada mais é do que a temperatura corporal acima do normal, cachorros acometidos por ela tremem e sentem frio. Os tremores são tão mais fortes quanto maior a temperatura.
6) Cães doentes geralmente apresentam olhos lacrimejantes ou congestionados, sendo bastante fácil verificar essa situação.

7) O dono deve verificar, também, se o cachorro geme ou resmunga com muita frequência, o que pode significar dor e febre, e de forma geral, algum incômodo.

8) O corrimento excessivo nas narinas indica que algo vai errado na sua saúde. Normalmente o cachorro tem o nariz úmido, mas o excesso de líquidos não é normal e é evidência de que algo está errado.

Nariz quente e seco

Cachorros com a temperatura normal também podem estar com o nariz quente e seco.

Cães que apresentam pouca lubrificação nasolacrimal, ou que tenham se exercitado muito ou, ainda, que estejam expostos a um clima quente e seco em geral apresentam essa característica.

Portanto, o nariz seco não significa, necessariamente, febre.

Cães velhos e filhotes

Cachorros mais velhos têm a temperatura um pouco mais baixa do que o normal. O mesmo acontece com filhotes.

Dessa forma, ao ser medida sua temperatura, essa característica deve estar bem presente, pois eles não devem ser medicados por causa disso.

Uma boa dica é sempre mantê-los aquecidos, pois cachorros muito velhos e filhotes são semelhantes nessa fase e precisam de roupas quentes e aquecimento constantes.

Remédios

O cachorro não deve ser medicado sem passar por uma avaliação médica.
Os remédios que temos são desenvolvidos para seres humanos. Eventualmente são receitados remédios de "gente" para cachorros, mas isso porque ainda não foram desenvolvidos determinados tipos de medicamentos para uso veterinário.

Além disso, alguns medicamentos humanos são receitados há tempos pelos especialistas, e são, às vezes, a única alternativa de que se dispõe.

No entanto, a utilização de remédios caseiros sem o acompanhamento do profissional pode mascarar uma doença que esteja se desenvolvendo, já que a febre é apenas um sintoma dela, como vimos anteriormente.

Como veterinários, assim como médicos, dependem da observação dos sintomas para chegarem a um diagnóstico, no momento em que esses são camuflados, através de medicamentos, o profissional pode chegar a uma conclusão errada, retardando o tempo de cura e, talvez, gerando um agravamento do quadro.

Isso vale para aquelas receitas caseiras e outras sugestões, como banhos frios e compressas com panos molhados.

Em algumas regiões do país estamos em pleno inverno. Um banho gelado, ou até mesmo morno, pode ter consequências desastrosas para um animal já enfraquecido e debilitado.

Vários tipos de chás caseiros, que até são muito úteis para resolver problemas humanos, podem ser perigosos para um cachorro doente.

Além dos cuidados veterinários

Além de levar o cachorro para ser examinado por um profissional em um hospital veterinário, há algumas atitudes que podem ser benéficas para seu cachorro, e estão ao alcance de todos.

1) Hidrate o animalzinho. Com a chegada da febre, muitos cães evitam a ingestão de líquidos.

Isso deve ser contornado de qualquer forma. Se o cachorro não quer beber, faça caldos de carne (ferva carne e ossos em água e retire apenas o líquido) e dê para que ele ingira.

Caldo de arroz pode ser útil, também.

Mas, caso ele não queira beber ainda assim, utilize-se de uma seringa e injete água diretamente na sua boca. É desnecessário dizer que a seringa deve estar sem a agulha. Além disso, deve ser inserida na lateral da boca, evitando-se, dessa forma, que o cão se engasgue com o jato de água.

2) Mantenha-o aquecido. Durante esse período, ele deve experimentar momentos de calafrio e tremores. Em alguns casos a febre alta pode causar convulsões (quando é forte e insistente). Nessa situação, o cão deve estar sob observação profissional.
3) Observe-o. O animal doente pode passar por períodos de melhora ou de agravamento do quadro. Se o dono estiver atento, pode intervir em tais situações. 

Nos períodos de melhora, pode alimentá-lo e hidratá-lo mais facilmente. Durante o agravamento da condição, verificar a necessidade de procurar auxílio médico.

4) Como a febre é um sintoma que precede ou acompanha o desenvolvimento de uma doença, o fato do cachorro estar vacinado e desverminado e, de forma geral, com a saúde preservada, já é um bom começo.

5) Mantenha-o apartado dos outros animais da casa. Isso impede que os outros contraiam a doença ou se estressem ao verem o companheiro enfermo.

Saúde é o que interessa

Muitas enfermidades podem ser evitadas com atitudes simples.


1) Evite que seu animalzinho brinque com cachorros desconhecidos que aparentem pouco ou nenhum cuidado de saúde.

Animais que apresentam parasitoses ou problemas de pele, ou nitidamente doentes, devem ser evitados na hora do passeio.

Cães cujos donos parecem não se preocupar muito com o estado geral de sua saúde não devem brincar com seu bichinho de estimação.

2) Evite deixar o cão livre em áreas que pareçam degradadas e sujas. Muitas vezes há focos de doenças nesses locais e, no mínimo, seu cachorro pode contrair pulgas e carrapatos.

3) Impeça que seu cachorro se aproxime muito de fezes e urina dos outros cães. É normal o cachorro cheirar, pois o odor é um cartão de visitas no mundo canino. No entanto, não permita que ele toque, lamba ou tente ingerir esse material.

4) Se quiser permitir que seu cachorro cruze, verifique bem o estado geral do outro animal. Não há camisinha para cães, então é importante que ambos estejam vacinados, desverminados e com boa saúde.

5) Mantenha seu cão saudável, através de uma alimentação adequada e com a vacinação em dia.

Até Breve!


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